quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Analisando o romantismo

Não cabe a você analisar o que é o romantismo. O romantismo marcou época e ainda vive. Está em outro plano. Está na cena teatral, escrita para ser reproduzida com a emoção de quem está interpretando o papel de mocinho. Está na cara do trabalhador que senta no banco do ônibus, abre o jornal e lê as notícias em busca de um bom assunto para comentar com os amigos depois do expediente, na mesa do bar.

O romantismo está na espera da patroa para a janta em família. Está na corrida do filho para enlaçar com os braços, as pernas dos pais quando toca o sinal anunciando o fim da aula. Está no carinho da leitura, no sorriso que a musica traz à boca.

Ser romântico é também ser duro. É acreditar na ideologia, mesmo que todos sejam contra. Mesmo que a gota faça transbordar o copo que parecia apenas meio cheio. Ser romântico é ser cafona. E se ser cafona é ser brega salve Odair José!!! Salve o baião, salve o folclore, salve a vanguarda.

O romântico não tem medo de sorrir. Não tem medo de sonhar, pois os pesadelos não o assustam. Ser romântico é ser utópico. É ver com bons olhos as pessoas. É sentir o som e acreditar na vida.

O mal do romântico é se exceder. Mas, se extravasar também é ser romântico, logo, o romântico não tem mal nenhum. Ser romântico é viver o momento, acreditando que o futuro está limitado ao próximo passo. Ser romântico não é simplesmente amar, mas, SABER AMAR.

Ser romântico é perceber que o ponto final pode se tornar reticências.(..)

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