segunda-feira, 26 de julho de 2010

Mano, valeu!

Faz muito tempo que não escrevo nada aqui. Estava com saudade e lá vai mais uma opinião fundamentada simplesmente por mim. Afinal de contas, aqui quem manda sou eu.



É inevitável falar de um assunto que mexeu muito comigo nestes últimos dias. Todos que me conhecem sabem o quão fanático eu sou pelo Sport Club Corinthians Paulista, meu time de coração, de alma. No último domingo acredito que senti todas as sensações possíveis em apenas 90 minutos.

Antes do jogo, o assunto falado por todos os corintianos e pela imprensa era só um: a despedida de Mano Menezes. Saiu como entrou, contra o Guarani. Como em seu primeiro jogo à frente do time, o Corinthians meteu 3 gols. Mas há diferenças também, no primeiro não tomamos nenhum, ontem, um. Mas isso pouco importa, já que a festa era regida por apenas um sentimento, agradecimento.

Sim, agradecer a tudo que o Mano fez por nosso time. Os mais críticos acham que ele não fez mais do que sua obrigação. Eu, apesar de crítico, acredito que ele fez mais do que isso. Ele resgatou algo que sempre caracterizou nosso time, a garra. A vontade de vencer.

Desde que me conheço por gente, nunca vi o Corinthians passar mais de um ano sem a famosa “crise”. Bastava o time perder dois jogos seguidos que a crise baixava no Parque São Jorge. E se a derrota custasse uma desclassificação da Libertadores? Era melhor não assistir a nenhum programa esportivo na TV por um bom tempo.

O que vi nos últimos dois anos e meio foi algo inexplicável. Mesmo o time perdendo um título que parecia ganho (Copa do Brasil em 2008), sendo desclassificado da Libertadores, o trabalho continuou. Lógico a torcida ficou triste, afinal todos sabem da nossa vontade, mas isso não gerou crise. Bastou um jogo para que o sentimento de redenção voltasse.

Acho que essa é a palavra correta, REDENÇÃO. Voltamos a nos render a um amor que é inexplicável. Que a maioria das torcidas dizem ter, mas nem de longe conseguem se igualar a nós. E acredito que o Mano também sentiu isso na pele, foi envolvido pela torcida, pelo amor incondicional e de graça que temos por aqueles que representam nossa garra do dia a dia dentro do campo. Afinal, basta olhar para nossa torcida tão marginalizada, que é fácil perceber que ali muitos estão gastando mais do que poderiam para ver o time jogar. Simplesmente por amor.

É inevitável sentir saudades de um profissional como o Mano. Ele respeitou o clube, respeitou os jogadores, respeitou a torcida. Fez com que nos sentíssemos orgulhosos em vestir o manto. Fez com que as conversas com os amigos sobre futebol fossem sempre a nosso favor. Fez com que os adversários nos temessem, nos respeitassem antes, durante e depois do jogo, fosse qual fosse o resultado da partida.

Por essas e outras que me sinto satisfeito e seguro ao dizer que o Mano foi o melhor técnico que vi no Corinthians nos meus 25 anos. Espero sim que ele um dia possa voltar, não para terminar o projeto que ele iniciou por aqui, mas para recomeçar.

Enquanto isso, desejo BOA SORTE ao Adilson. Tomara que tenha sucesso e saiba aproveitar a oportunidade de dirigir o maior clube do Brasil.



Agora chega de viuvez e
Vai CORINTHIANS!

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